
12
mai/10
Timoneiro ©
O blog se fez ao mar e agora não posso deixá-lo à deriva. Por menos preparado que eu seja, a mim cabe ser o timoneiro dessa embarcação. Talvez eu não precise despender muito esforço. É só deixar que o mar me navegue. Uma vez no mar, as ondas cuidarão de traçar o destino do barco. Não quero chegar a lugar nenhum. Quero apenas sair por aí fisgando com o anzol das palavras o que a vida – essa matéria tão fina – vive oferecendo. Aonde quer que o mar me leve, lá estará a vida se espraiando generosa. Antes de timoneiro, me sinto uma espécie de pequeno Noé recolhendo para a frágil arca do blog fragmentos de vidas que se perderiam no dilúvio do esquecimento. Evoé Noé!
© Nota de canapé: Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho em parceria que já nasceu antológica.
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