
09
mar/11
O leitor ©
Que Brás Cubas confessasse haver escrito suas memórias para, talvez, cinco leitores, é fato que admira e consterna. O que mais admira é que eu, reles blogueiro, tenha, não cinco ou dez, nem vinte ou cinquenta, mas – em arredondados números – cem leitores. O que escrevo é um amontoado de miudezas dispostas da forma mais caótica e a elas acrescento umas penugens de colorido. Tem de ser. Coisa de homenino. Teclo com os dedos da pressa e os pixels da superficialidade, e não é difícil antever o que poderá pousar na tela. A gente séria talvez ache no blog umas aparências de pura brincadeira, ao passo que a gente brincalhona não achará nele o que a divirta. Eis que ele, escapando da preferência dos sérios e dos brincalhões, perde de saída a audiência das duas colunas máximas da opinião.
Supondo o blog alcance a simpatia de algumas opiniões, convém evitar explicações desnecessárias. A melhor explicação é a que contém menos palavras, ditas de um jeito claro e em linha reta. Daí que não preciso contar o processo ordinário que emprego na composição destes escritos, rascunhados cá no meio da correria. Os escritos em si mesmos são nada: se o desagradarem, raro teleitor, devo-lhe desculpas; se não, você fica me devendo outras leituras, e até breve.
PS: O raro teleitor terá percebido que o que vai acima é resultado de um diálogo explícito com o que escreveu Machado na introdução às Memórias póstumas de Brás Cubas.
© Nota de canapé: Filme baseado no livro de mesmo nome e de autoria do escritor alemão Bernhard Schlink.
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16 de março de 2011Tarlei,
Agora entendi o que vc tanto faz/escreve/pensa sentadinho de manhã cedo, antes de ir ao trabalho: são seu “escritos, rascunhados cá no meio da correria”… rs. Amei seu blog. Elegante e cheio de surpresas, feito o dono.
Bj de uma das suas fãs,
Angela
Angela Yvonne Barros de Oliveira
16 de março de 2011Na parte de cinema, sugiro vc fazer um comentário (necessário, a meu ver) sobre “Cinema Paradiso”, o filme dos filmes.