Bienal ©

Categoria: Música

Tags: zeca baleiro

De amanhã (11/abr) até o dia 21 acontece em Brasília a II Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em estrutura montada na Esplanada dos Ministérios. Fiquei bem impressionado com a primeira edição da Bienal. E a edição que começa amanhã tem tudo pra agradar leitores crônicos feito eu. Breve palinha de nomes que estarão presentes, entre muitos outros: Sérgio Rodrigues, Michel Laub, Daniel Galera, Antônio Prata (ganhador do Prêmio Brasília de Literatura na categoria Crônica), Stella Maris Rezende, Nicholas Behr, Mia Couto, Marcos Bagno (ganhador do Prêmio de Literatura na categoria Juvenil) e Marçal Aquino. Os homenageados desta edição são o uruguaio Eduardo Galeano e o nosso Ariano Suassuna. A programação completa está aqui.

Sou um velho frequentador das Bienais do Rio e São Paulo, mais estas que aquelas. Agora Brasília é mais uma cidade na rota das bienais de livros. Minha natureza é avessa ao tumulto próprio das aglomerações humanas. Sendo a aglomeração em torno do livro, acolho de bom grado tumultos de qualquer dimensão. É oportunidade única de estar próximo de criadores que admiro e com quem partilho, modestissimamente, essa guerra sem testemunhas que é a escrita. Estar próximo significa ouvir o que têm esses criadores a dizer – e tudo que eles dizem me interessa, seja para incorporar ou rejeitar. Não chego a falar com quase nenhum dos criadores que admiro: o biombo da timidez me impede. Contento-me só em ouvi-los. Se vem a tentação de dizer algo, de perguntar algo, penso logo: o que tenho eu a dizer a quem me diz tanto? É um caminho certo para a desistência. E me dedico tão só a observar e absorver o que eles dizem. E o que eles dizem vem se somar ao que eu próprio penso sobre o ofício de escrever.

Então é isso: os leitores crônicos de Brasília terão muito o que ouvir e a quem ouvir nos próximos dias. Não dá pra perder. A gente se esbarra por lá.

© Nota de canapé: Canção do Zeca Baleiro.