
01
out/13
Inescritos ©
Se é certo que o blog se alimenta, na quase totalidade, da massa de escritos que não pára de crescer, também é certo que vez em quando preciso pensar em algo ainda inescrito. O fato é que, reciclando ou escrevendo um texto novo, o blog me dá trabalho, o blog me toma um tempo que não tenho. Além disso, me impus o compromisso de ser assíduo nas postagens. Já tenho agendadas todas as postagens do mês. Antes de postar, todo um processo: selecionar os textos, penteá-los, procurar imagens, bolar a nota de canapé… Já tenho idéia de post para o dia da aposentadoria. O título será Um homem sem profissão (sob as ordens de mamãe) – livro de memórias de Oswald de Andrade. Assim vivo: entre escritos e inescritos. Sou o próprio bicho alfabeto deixando palavras e frases por onde passo. Sou a própria centopéia inteiramente desorientada em meio às 26 patas do bicho alfabeto. Talvez bom senso não seja mesmo o meu forte, o que não me impede de alardear com rara insistência: sou o equilíbrio em pessoa – em aparência, ao menos. Porque olhando bem de perto (“De perto ninguém é normal” – Caetano), qualquer um percebe a minha falta de equilíbrio. Talvez seja por isso que sou pouco sociável. É uma estratégia para não dar oportunidade de se chegar muito perto e descobrir o que a todo custo procuro camuflar sob as feições cândidas acima de qualquer suspeita: eu não sou normal.
© Nota de canapé: Livro da escritora paranaense Luci Collin.
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